domingo, 6 de fevereiro de 2011

Homossexualidade na antiguidade


História e Literatura

Homossexualidade na antiguidade

Na Antiguidade não exista o preconceito de gays. Porque milhares de anos atrás o sexo entre iguais já era tão comum que não existia nem o conceito de homossexualidade.
A união civil entre pessoas do mesmo sexo pode parecer algo bastante recente, coisa de gente moderna. Mas não é nada disso. O homossexualismo não tem nada de novo, é tão velha quanto à humanidade. Sua história retoma um tempo em que não havia necessidade de distinguir o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo – para os povos antigos, o conceito de homossexualidade simplesmente não existia.
As tribos das ilhas de Nova Guiné, Fiji e Salomão, no oceano Pacífico, cerca de 10 mil anos atrás já exercitavam algumas formas de homossexualidade ritual. Os melanésios acreditavam que o conhecimento sagrado só poderia ser transmitido por meio do coito entre duplas do mesmo sexo. No rito, um homem travestido representava um espírito dotado de grande alegria – e seus trejeitos não eram muito diferentes dos de um show de drag que atua.
Um dos mais antigos e importantes conjuntos de leis do mundo, elaborado pelo imperador Hammurabi na antiga Mesopotâmia em cerca de 1750 a.C., contém alguns privilégios que deveriam ser dados aos prostitutos e às prostitutas que participavam dos cultos religiosos. Eles eram sagrados e tinham relações com os homens devotos dentro dos templos da Mesopotâmia, Fenícia, Egito, Sicília e Índia, entre outros lugares. Herdeiras do Código de Hammurabi, as leis hititas chegam a reconhecer uniões entre pessoas do mesmo sexo. E olha que isso foi há mais de 3 mil anos.
Na Grécia e na Roma da Antiguidade, era absolutamente normal um homem mais velho ter relações sexuais com um mais jovem. O filósofo grego Sócrates (469-399), adepto do amor homossexual, pregava que o coito anal era a melhor forma de inspiração – e o sexo heterossexual, por sua vez, servia apenas para procriar. Para a educação dos jovens atenienses, esperava-se que os adolescentes aceitassem a amizade e os laços de amor com homens mais velhos, para absorver suas virtudes e seus conhecimentos de filosofia. Após os 12 anos, desde que o garoto concordasse, transformava-se em um parceiro passivo até por volta dos 18 anos, com a aprovação de sua família. Normalmente, aos 25 tornava-se um homem – e aí se esperava que assumisse o papel ativo.

Crescei e multiplicai-vos

O judaísmo já pregava que as relações sexuais tinham como único fim a máxima exigida por Deus: “Crescei e multiplicai-vos”. Até o início do século 4, essa idéia, porém, ficou restrita à comunidade judaica e aos poucos cristãos que existiam. Nessa época, o imperador romano Constantino converteu-se à fé cristã – e, na seqüência, o cristianismo tornou-se obrigatório no maior império do mundo. Como o sexo passou a ser encarado apenas como forma de gerar filhos, a homossexualidade virou algo antinatural. Data de 390, do reinado de Teodósio, o Grande, o primeiro registro de um castigo corporal aplicado em gays.
O primeiro texto de lei proibindo sem reservas a homossexualidade foi promulgado mais tarde, em 533, pelo imperador cristão Justiniano. Ele vinculou todas as relações homossexuais ao adultério – para o qual se previa a pena de morte. Mais tarde, em 538 e 544, outras leis obrigavam os homossexuais a arrepender-se de seus pecados e fazer penitência. O nascimento e a expansão do islamismo, a partir do século 7, junto com a força cristã, reforçaram a teoria do sexo para procriação.
Durante muito tempo, até meados do século 14, no entanto, embora a fé condenasse os prazeres da carne, na prática os costumes permaneciam os mesmos. A Igreja viu-se, a partir daí, diante de uma série de crises. Os católicos assistiram horrorizados à conversão ao protestantismo de diversas pessoas após a Reforma de Lutero. E, com o humanismo renascentista, os valores clássicos – e, assim, o gosto dos antigos pela forma masculina – voltaram à tona. Pintores, escritores, dramaturgos e poetas celebravam o amor entre homens. Além disso, entre a nobreza, que costumava ditar moda, a homossexualidade sempre correu solta. E, o mais importante, sem censura alguma – ficou notório os casos homossexuais de monarcas como o inglês Ricardo Coração de Leão (1157-1199).
No curto intervalo entre 1347 e 1351, a peste negra assolou a Europa e matou 25 milhões de pessoas. Como ninguém sabia a causa da doença, a especulação ultrapassava os limites da saúde pública e alcançava os costumes. O “pecado” em que viviam os homens passou a ser apontado como a causa dela e de diversas outras catástrofes, como fomes e guerras. Judeus, hereges e sodomitas tornaram-se a causa dos males da sociedade. Não havia outra solução a não ser a erradicação desses grupos. Medidas enérgicas foram tomadas. Em Florença, por exemplo, a sodomia foi proibida em 1432, com a criação dos Ufficiali di Notte (agentes da noite). O resultado? Setenta anos de perseguição aos homens que mantinham relações com outros. Entre 1432 e 1502, mais de 17 mil foram incriminados e 3 mil condenados por sodomia, numa população de 40 mil habitantes.
Leis duras foram estabelecidas em vários outros países europeus. Na Inglaterra, o século 19 começou com o enforcamento de vários cidadãos acusados de sodomia. E, entre 1800 e 1834, 80 homens foram mortos. Apenas em 1861 o país aboliu a pena de morte para os atos de sodomia, substituindo-a por uma pena de dez anos de trabalhos forçados.
            Para a ciência a homossexualidade era um problema de saúde mental. Por isto na Suécia 3 mil gays foram lobotomizados. Na Dinamarca, 3500 – a última cirurgia foi em 1981. Nos Estados Unidos, cidadãos portadores de “disfunções sexuais” lobotomizados chegaram às dezenas de milhares. O tratamento médico era empregado porque homossexualidade passou a ser vista como uma doença, uma espécie de defeito genético.   
A situação só começou a mudar no fim do século passado, quando a discussão passou a se libertar de estigmas. Em 1979, a Associação Americana de Psiquiatria finalmente tirou a homossexualidade de sua lista oficial de doenças mentais. Na mesma época, o advento da aids teve um resultado ambíguo para os homossexuais. Embora tenha ressuscitado o preconceito, já que a doença foi associada aos gays a princípio, também fez com que muitos deles viessem à tona, sem medo de mostrar a cara, para reivindicar seus direitos. Durante os anos 80 e 90, a maioria dos países desenvolvidos descriminalizou a homossexualidade e proibiu a discriminação contra gays e lésbicas. Em 2004, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos invalidou todas as leis estaduais que ainda proibiam a sodomia.
“Em toda a história e em todo o mundo a homossexualidade tem sido um componente da vida humana”, escreveu William Naphy, diretor do colégio de Teologia, História e Filosofia da Universidade de Aberdeen, Reino Unido, em Born to Be Gay – História da Homossexualidade. “Nesse sentido, não pode ser considerada antinatural ou anormal. Não há dúvida de que a homossexualidade é e sempre foi menos comum do que a heterossexualidade. No entanto, a homossexualidade é claramente uma característica muito real da espécie humana.” Para muitos, ainda hoje sair do armário continua sendo uma questão de tempo. As portas, no entanto, vêm sendo abertas desde a Antiguidade.
Personalidades que não escondiam suas preferências
O que tinham em comuns pessoas como os imperadores Adriano e Nero, o filósofo Sócrates, o artista e inventor Leonardo da Vinci? Todos eles mantiveram relações sexuais com pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade experimentou ao longo da história da humanidade diversos altos e baixos. De comportamento absolutamente natural, passou a ser “pecado” e até a ser crime. Aqui, algumas histórias de personalidades que amaram seus iguais.
Alexandre, o Grande
O conquistador Alexandre, o Grande (356-323 a.C.), também foi conquistado. Seu amante era Hefastião, seu braço direito e ocupante de um importante posto no Exército. Quando ele morreu de febre, na volta de uma campanha na Índia, Alexandre caiu em desespero: ficou sem comer e beber por vários dias. Mandou proporcionar a seu amado um funeral majestoso: os preparativos foram tantos que a cerimônia só pôde ser realizada seis meses depois da morte. Alexandre fez questão de dirigir a carruagem fúnebre, decretando luto oficial em seu reino.
Júlio César
O romano Suetônio escreveu em seu As Vidas dos Doze Césares, livro do século 2, sobre os hábitos dos governantes do fim da república e do começo do Império Romano. Dos 12, só um deles, Cláudio, nunca teve relações homossexuais. O mais famoso, Júlio César (100-44 a.C.), teve aos 19 anos um relacionamento com o rei Nicomedes – César era o passivo. Entre todos os romanos, os mais excêntricos foram Calígula (12-41 d.C.) e Nero (37-68). O primeiro obrigava súditos a beijar seu pênis. O segundo teve dois maridos e manteve relações com a própria mãe.
Maria Antonieta
Segundo William Naphy no livro Born to Be Gay, havia um “reconhecimento generalizado da bissexualidade” da rainha da França Maria Antonieta (1755-1793). O escritor inglês Heste Thrale-Piozzi escreveu, em 1789, que a monarca encontrava-se “à cabeça de um grupo de monstros que se conhecem uns aos outros por safistas” – ou seja, lésbicas.
Ricardo Coração de Leão
As aventuras homossexuais do rei inglês Ricardo I (1157-1199) eram notórias na época. Um de seus casos, quando ele ainda era duque de Aquitânia, foi com outro nobre, Filipe II, rei da França. Uma crônica da época afirma: “Comiam os dois todos os dias à mesma mesa e do mesmo prato, e à noite as suas camas não os separavam. E o rei da França amava-o como à própria alma”. Outros monarcas europeus, como Henrique III da França (1551-1589) e Jaime IV da Escócia e I da Inglaterra (1566-1625), também tiveram vários amantes do mesmo sexo.


Oscar Wilde
O dramaturgo inglês (1854-1900) casou-se e teve dois filhos, mas também teve vários casos com homens. A relação mais marcante foi com lorde Alfred Douglas, com quem mantinha o hábito de procurar jovens operários para o sexo. O pai do amante, o marquês de Queensberry, acusou Wilde de ser sodomita. O escritor processou o nobre por difamação – e arruinou-se. Foram três julgamentos, e o marquês juntara provas de sodomia contra ele. Wilde foi condenado a dois anos de trabalhos forçados. Na prisão, definhou – e morreu pouco tempo após deixar a cadeia.
Amor na ilha de Lesbos
Há muito pouco registro do lesbianismo até o século 18. O historiador romano Plutarco dizia, no século 1, que na cidade grega de Esparta todas as melhores mulheres amavam garotas. Apesar disso, há muito pouco registro sobre o lesbianismo até pelo menos o século 18. Os termos “lesbianismo” e “lésbica”, aliás, têm origem na ilha grega de Lesbos, no mar Egeu, local de nascimento da poetisa Safo (610-580 a.C.) – seu nome originou a palavra “safismo”. Embora os livros de Safo tenham sido queimados por ordem de Gregório de Nazianzus, bispos de Constantinopla, cerca de 200 fragmentos resistiram ao tempo e ao cristianismo. Os poemas revelam uma paixão exuberante ao amor feminino, o que faz crer que a autora tenha partilhado desse sentimento. É impossível, no entanto, afirmar se a autora realmente amou as mulheres que enaltece em seus poemas – ou se era apenas uma questão de estilo. Um dos primeiros códigos legais a fazer menção ao homossexualismo feminino é um francês de 1270. Ele estabelecia que o homem que mantivesse relação homossexual deveria ser castrado e, se reincidente, morto. E também que uma mulher que tivesse relações com outra mulher perderia o “membro” se fosse pega. Que “membro” seria cortado, porém, o código não especifica.

Livros
Born to Be Gay – História da Homossexualidade, William Naphy, Edições 70, 2006
No livro, o autor faz um profundo estudo da homossexualidade desde a Antiguidade.
O Amor Entre Iguais, Humberto Rodrigues, Mythos, 2004 Traz aspectos históricos, sociais e legais sobre o assunto.
Fonte:  Aventuras na História
http://omundodeligialopes.blogspot.com/2009_09_11_archive.html
Depois desta História:
Porque as pessoas os
condena e exclui os homossexuais .   
Será que é falta de conhecimento ou é 
ignorância mesmo?



quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A mídia também destrói

A mídia em nossa vida

Em 1888 a princesa Isabel declarou que os negros não eram obrigados a trabalhar de graça e serem humilhada de todas as formas pelos brancos.
Porém, hoje a realidade é que a escravidão está aí, não só para negros, mas para brancos, amarelos, vermelhos… e não há lei que a impeça. Ao contrário da escravidão dos negros, esta é uma escravidão do capitalismo, silenciosa, que quase não se percebe.
            Para isso, utilizam linguagem, rótulos e rotinas para gerenciar ou manipular, utilizando impressões e outros modos de ação cultural específicos.

Veremos então o que é a mídia em nossa vida.

Segundo o dicionário Aurélio a Mídia é a designação genérica dos meios, veículos e canais de comunicação, como, por exemplo: jornal, revista, rádio, televisão, outdoor, etc. Setor de agência de propaganda responsável pela vinculação de anúncios na mídia.
E segundo o dicionário Wikipédia, a enciclopédia livre diz que a:
Grande Mídia é uma expressão usada para designar os principais veículos de um determinado sistema de comunicação social, considerando os setores tradicionais - emissoras de rádio e TV, jornais e revistas. O termo não tem uma origem historicamente delimitada, mas pode estar ligado à literatura acadêmica produzida pela escola da teoria crítica da comunicação e a conceitos como indústria cultural e comunicação de massa, surgidos ao longo do século XX.
É empregada geralmente com conotação pejorativa, servindo para traduzir uma alegada má influência política e cultural exercida por estas empresas de comunicação sobre a sociedade tanto em nível nacional quanto regional. A esta expressão contrapõem-se "media alternativa" e/ou "imprensa nanica", surgidas no Brasil nos anos 70.
Globalmente, a grande mídia é representada pelos sete principais conglomerados transnacional da indústria da informação e do entretenimento: AOL-Time Warner, Viacom, Sony, News Corporation, Disney, Vivendi Universal, Globo, Associados e Bertelsmann.
A mídia na sociedade contemporânea incentiva o culto ao corpo, onde os indivíduos experimentam uma crescente preocupação com a imagem e a estética.
Da mesma forma, podemos pensar em relação à televisão, que veicula imagens de corpos perfeitos através dos mais variados formatos de programas, peças publicitárias, novelas, filmes etc. Isso nos leva a pensar que a imagem da “eterna” juventude, associada ao corpo perfeito e ideal, atravessa todas as faixas etárias e classes sociais, compondo de maneiras diferentes, diversos estilos de vida. Nesse sentido, as fábricas de imagens como o cinema, televisão, publicidade, revistas etc., têm contribuído para isso.
Os programas de televisão, revistas e jornais têm dedicado espaços em suas programações cada vez maiores para apresentar novidades em setores de cosméticos, de alimentação e vestuário. Propagandas veiculadas nessas mídias estão o tempo todo tentando vender o que não está disponível nas prateleiras: sucesso e felicidade.
O consumismo desenfreado gerado pela mídia em geral foca principalmente adolescentes como alvos principais para as vendas, desenvolvendo modelos de roupas de grifes, a indústria de cosméticos lançando a cada dia novos cremes e géis redutores para eliminar as “formas indesejáveis” do corpo e a indústria farmacêutica faturando alto com medicamentos que inibem o apetite. Esquecendo que o nosso corpo esta envelhecendo a cada dia.
No contexto da mídia, o corpo parece não ter qualquer referência consigo mesmo, pois passa a vincular-se a padrões externos de estética e beleza. É apenas parte de um texto cultural e como tal deve ser lido. Uma imagem de corpo que aos poucos se desvincula de ser objeto para ganhar a autonomia simbólica dos deuses.
O homem contemporâneo não inventou o narcisismo, mas nasceu para ver, se ver e ser visto mais do que qualquer outro, em qualquer época. “A questão do “apelo social” são fortes, em geral as pessoas não querem ficar bonita para si mesma, com o intuito de desfrutar de si próprias, mas sim para serem apreciadas pelos outros, sendo melhores aceitas” pelo grupo social a que pertence. Sendo assim eu pergunto: existe corpo perfeito? Sabemos que cada um de nos temos uma genética hereditária, células que proporciona as diferenciações corporais do ser humano. E essa política autoritária e alienadora está mobilizando milhões de pessoas e massacrando outros milhões de corpos.
E não é só isto; queremos tomar um suco de laranja, mas a Coca Cola não deixa. Queremos sair e praticar um esporte, mas o Domingo Legal nos impede. Não adianta querer comprar um tênis simples: a sociedade, nossa terrível senhora, nos chicoteia com artistas famosos usando Nike. E aquela caminhada que você queria fazer no outro dia? Mas tava passando novela e você não foi.
Por isso que digo que a mídia nos aliena, escraviza e nos destrói vagarosamente.   


BIBLIOGRAFIA

pt.wikipedia.org/wiki/Grande_mídia  Wikipédia, a enciclopédia livre
Adolescência e vida – Divaldo P. Franco – Joanna de Angelis
www.brasilescola.com - sociologia - Brasil escola
Míniaurélio 7º edição

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Globalização destruidora

Globalização destrói não só a terra, mas todos os seres humanos

A sociedade humana é interação permanente, só existe em ação, em processo constante de atividade em que os indivíduos interagem. O mundo social é sempre aberto para reafirmações ou mudanças por meios das interpretações e ações dos indivíduos. Por isso, os seres humanos são atores sociais interpretando seus papeis e orientando suas ações de modo que tenham significado para eles. 
Segundo Marx e Engels, as relações sociais são baseadas a partir das condições materiais existentes, ou seja, o modo como nos relacionamos e vemos o outro está intimamente ligado a sua condição financeira e social. O trabalho é a forma única e absoluta de sobrevivência. É a partir desse ponto de vista que ele afirma: tudo é mercadoria! A mercadoria possui valor de uso e de troca, e, por conseguinte, nossa força de trabalho segue essa lógica.
“O trabalhador torna-se tanto mais pobre quanto mais riqueza produz... O trabalhador torna-se uma mercadoria tanto mais barata, quanto maior número de bens produz. Com a valorização do mundo das coisas, aumenta em proporção direta a desvalorização do mundo dos homens” (Marx – Manuscritos Econômicos Filósofos).
Pra Marx, “além de não se perceberem como sujeitos e agentes, os homens se submetem às condições sociais, políticas, culturais, como se elas tivessem vida própria”. Acreditam que a sociedade não foi instituída por eles; não se reconhecem como sujeitos sociais, políticos, históricos, como agentes e criadores da realidade, isto se chama Alienação.
Desta forma estamos inseridos em um sistema social cruel, de exclusão social, baseado em valores e regras de mercado, que produz de produtos de valor monetário e em contrapartida destrói os valores humanos e as relações humanas baseadas no companheirismo e na benevolência. E ainda, ultrapassa os limites geográficos e cria riquezas, mas não elimina a pobreza e a fome de milhões de pessoas que sobrevivem à margem da sociedade. Isto se chama globalização.
Uma globalização que nasceu do consumismo, que, por seu turno, nasceu da necessidade de escoar a sua produção, criando novos produtos e necessidades. Para que este escoamento seja viável (e lucrativo), tornou-se necessário reduzir os custos de produção, o que foi conseguido explorando mão-de-obra barata. A produção voltou-se para países onde os custos com a mão-de-obra são irrisórios, à custa dos direitos sociais dos trabalhadores e, por vezes, do recurso ao trabalho infantil.
Multidões de pessoas já estão morrendo de fome, de miséria, por falta de mínimas condições de dignidade humana, em meio à apocalíptica globalização econômica.
Como não há prioridade pela vida, pelo o humano, pelo social, já a esta altura por que não há globalização da justiça social de distribuição econômica para o bem estar do ser humano? Como o interesse pelo o econômico sobrepõe o social, a alimentação do ser humano está contaminada por todo tipo de agrotóxico, hormônios, inseticidas, etc., etc., que trazem todo tipo de doenças e mutações genéticas aos entes sociais.
Como na tarefa de construção da existência humana sobre a terra há mais interesse pela morte do que pela vida, aproximadamente 3/4 da população dos trabalhadores trabalham a favor da morte, contrário à vida, fabricando bombas, na industrialização de artefatos e insumos bélicos, bombas atômicas, bombas microbianas e na composição e execução de tarefas inerentes aos enormes contingentes militares que guarnecem as nações da Terra. Há um enorme contingente militar por todas as nações do mundo, em estado de alerta, prontos a destruir tudo aquilo que a maquinaria bélica edificou. Há muita gente que trabalham sustentando este poderoso contingente militar, cientistas, profissionais de diversas áreas, donas de casa, crianças, etc.
Como a política de construção da existência humana não prioriza a vida, estão morrendo milhões de pessoas de fome, de pestes, de drogas, de guerras, etc., vitimadas pela violência econômica, imposta pelo violento homem moderno, detentor do poderio econômico, político e militar.
Isto para mim não parece ser um benefício para a humanidade.


BIBLIOGRAFIA

www.evirt.com.br/desafio/cap05.htm

“Conceito Marxista de Ideologia e Alienação: Análise e Discussão Acerca do Homem “Contemporâneo”