quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A mídia também destrói

A mídia em nossa vida

Em 1888 a princesa Isabel declarou que os negros não eram obrigados a trabalhar de graça e serem humilhada de todas as formas pelos brancos.
Porém, hoje a realidade é que a escravidão está aí, não só para negros, mas para brancos, amarelos, vermelhos… e não há lei que a impeça. Ao contrário da escravidão dos negros, esta é uma escravidão do capitalismo, silenciosa, que quase não se percebe.
            Para isso, utilizam linguagem, rótulos e rotinas para gerenciar ou manipular, utilizando impressões e outros modos de ação cultural específicos.

Veremos então o que é a mídia em nossa vida.

Segundo o dicionário Aurélio a Mídia é a designação genérica dos meios, veículos e canais de comunicação, como, por exemplo: jornal, revista, rádio, televisão, outdoor, etc. Setor de agência de propaganda responsável pela vinculação de anúncios na mídia.
E segundo o dicionário Wikipédia, a enciclopédia livre diz que a:
Grande Mídia é uma expressão usada para designar os principais veículos de um determinado sistema de comunicação social, considerando os setores tradicionais - emissoras de rádio e TV, jornais e revistas. O termo não tem uma origem historicamente delimitada, mas pode estar ligado à literatura acadêmica produzida pela escola da teoria crítica da comunicação e a conceitos como indústria cultural e comunicação de massa, surgidos ao longo do século XX.
É empregada geralmente com conotação pejorativa, servindo para traduzir uma alegada má influência política e cultural exercida por estas empresas de comunicação sobre a sociedade tanto em nível nacional quanto regional. A esta expressão contrapõem-se "media alternativa" e/ou "imprensa nanica", surgidas no Brasil nos anos 70.
Globalmente, a grande mídia é representada pelos sete principais conglomerados transnacional da indústria da informação e do entretenimento: AOL-Time Warner, Viacom, Sony, News Corporation, Disney, Vivendi Universal, Globo, Associados e Bertelsmann.
A mídia na sociedade contemporânea incentiva o culto ao corpo, onde os indivíduos experimentam uma crescente preocupação com a imagem e a estética.
Da mesma forma, podemos pensar em relação à televisão, que veicula imagens de corpos perfeitos através dos mais variados formatos de programas, peças publicitárias, novelas, filmes etc. Isso nos leva a pensar que a imagem da “eterna” juventude, associada ao corpo perfeito e ideal, atravessa todas as faixas etárias e classes sociais, compondo de maneiras diferentes, diversos estilos de vida. Nesse sentido, as fábricas de imagens como o cinema, televisão, publicidade, revistas etc., têm contribuído para isso.
Os programas de televisão, revistas e jornais têm dedicado espaços em suas programações cada vez maiores para apresentar novidades em setores de cosméticos, de alimentação e vestuário. Propagandas veiculadas nessas mídias estão o tempo todo tentando vender o que não está disponível nas prateleiras: sucesso e felicidade.
O consumismo desenfreado gerado pela mídia em geral foca principalmente adolescentes como alvos principais para as vendas, desenvolvendo modelos de roupas de grifes, a indústria de cosméticos lançando a cada dia novos cremes e géis redutores para eliminar as “formas indesejáveis” do corpo e a indústria farmacêutica faturando alto com medicamentos que inibem o apetite. Esquecendo que o nosso corpo esta envelhecendo a cada dia.
No contexto da mídia, o corpo parece não ter qualquer referência consigo mesmo, pois passa a vincular-se a padrões externos de estética e beleza. É apenas parte de um texto cultural e como tal deve ser lido. Uma imagem de corpo que aos poucos se desvincula de ser objeto para ganhar a autonomia simbólica dos deuses.
O homem contemporâneo não inventou o narcisismo, mas nasceu para ver, se ver e ser visto mais do que qualquer outro, em qualquer época. “A questão do “apelo social” são fortes, em geral as pessoas não querem ficar bonita para si mesma, com o intuito de desfrutar de si próprias, mas sim para serem apreciadas pelos outros, sendo melhores aceitas” pelo grupo social a que pertence. Sendo assim eu pergunto: existe corpo perfeito? Sabemos que cada um de nos temos uma genética hereditária, células que proporciona as diferenciações corporais do ser humano. E essa política autoritária e alienadora está mobilizando milhões de pessoas e massacrando outros milhões de corpos.
E não é só isto; queremos tomar um suco de laranja, mas a Coca Cola não deixa. Queremos sair e praticar um esporte, mas o Domingo Legal nos impede. Não adianta querer comprar um tênis simples: a sociedade, nossa terrível senhora, nos chicoteia com artistas famosos usando Nike. E aquela caminhada que você queria fazer no outro dia? Mas tava passando novela e você não foi.
Por isso que digo que a mídia nos aliena, escraviza e nos destrói vagarosamente.   


BIBLIOGRAFIA

pt.wikipedia.org/wiki/Grande_mídia  Wikipédia, a enciclopédia livre
Adolescência e vida – Divaldo P. Franco – Joanna de Angelis
www.brasilescola.com - sociologia - Brasil escola
Míniaurélio 7º edição

Nenhum comentário:

Postar um comentário