terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Globalização destruidora

Globalização destrói não só a terra, mas todos os seres humanos

A sociedade humana é interação permanente, só existe em ação, em processo constante de atividade em que os indivíduos interagem. O mundo social é sempre aberto para reafirmações ou mudanças por meios das interpretações e ações dos indivíduos. Por isso, os seres humanos são atores sociais interpretando seus papeis e orientando suas ações de modo que tenham significado para eles. 
Segundo Marx e Engels, as relações sociais são baseadas a partir das condições materiais existentes, ou seja, o modo como nos relacionamos e vemos o outro está intimamente ligado a sua condição financeira e social. O trabalho é a forma única e absoluta de sobrevivência. É a partir desse ponto de vista que ele afirma: tudo é mercadoria! A mercadoria possui valor de uso e de troca, e, por conseguinte, nossa força de trabalho segue essa lógica.
“O trabalhador torna-se tanto mais pobre quanto mais riqueza produz... O trabalhador torna-se uma mercadoria tanto mais barata, quanto maior número de bens produz. Com a valorização do mundo das coisas, aumenta em proporção direta a desvalorização do mundo dos homens” (Marx – Manuscritos Econômicos Filósofos).
Pra Marx, “além de não se perceberem como sujeitos e agentes, os homens se submetem às condições sociais, políticas, culturais, como se elas tivessem vida própria”. Acreditam que a sociedade não foi instituída por eles; não se reconhecem como sujeitos sociais, políticos, históricos, como agentes e criadores da realidade, isto se chama Alienação.
Desta forma estamos inseridos em um sistema social cruel, de exclusão social, baseado em valores e regras de mercado, que produz de produtos de valor monetário e em contrapartida destrói os valores humanos e as relações humanas baseadas no companheirismo e na benevolência. E ainda, ultrapassa os limites geográficos e cria riquezas, mas não elimina a pobreza e a fome de milhões de pessoas que sobrevivem à margem da sociedade. Isto se chama globalização.
Uma globalização que nasceu do consumismo, que, por seu turno, nasceu da necessidade de escoar a sua produção, criando novos produtos e necessidades. Para que este escoamento seja viável (e lucrativo), tornou-se necessário reduzir os custos de produção, o que foi conseguido explorando mão-de-obra barata. A produção voltou-se para países onde os custos com a mão-de-obra são irrisórios, à custa dos direitos sociais dos trabalhadores e, por vezes, do recurso ao trabalho infantil.
Multidões de pessoas já estão morrendo de fome, de miséria, por falta de mínimas condições de dignidade humana, em meio à apocalíptica globalização econômica.
Como não há prioridade pela vida, pelo o humano, pelo social, já a esta altura por que não há globalização da justiça social de distribuição econômica para o bem estar do ser humano? Como o interesse pelo o econômico sobrepõe o social, a alimentação do ser humano está contaminada por todo tipo de agrotóxico, hormônios, inseticidas, etc., etc., que trazem todo tipo de doenças e mutações genéticas aos entes sociais.
Como na tarefa de construção da existência humana sobre a terra há mais interesse pela morte do que pela vida, aproximadamente 3/4 da população dos trabalhadores trabalham a favor da morte, contrário à vida, fabricando bombas, na industrialização de artefatos e insumos bélicos, bombas atômicas, bombas microbianas e na composição e execução de tarefas inerentes aos enormes contingentes militares que guarnecem as nações da Terra. Há um enorme contingente militar por todas as nações do mundo, em estado de alerta, prontos a destruir tudo aquilo que a maquinaria bélica edificou. Há muita gente que trabalham sustentando este poderoso contingente militar, cientistas, profissionais de diversas áreas, donas de casa, crianças, etc.
Como a política de construção da existência humana não prioriza a vida, estão morrendo milhões de pessoas de fome, de pestes, de drogas, de guerras, etc., vitimadas pela violência econômica, imposta pelo violento homem moderno, detentor do poderio econômico, político e militar.
Isto para mim não parece ser um benefício para a humanidade.


BIBLIOGRAFIA

www.evirt.com.br/desafio/cap05.htm

“Conceito Marxista de Ideologia e Alienação: Análise e Discussão Acerca do Homem “Contemporâneo”

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